Há alguns dias o vice-prefeito Marcelo Palmeira esteve reunido com o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Desembargador Tutmés Airan. Marcelo foi na condição de prefeito interino (Rui Palmeira esta viajando) e também como secretário de assistência social. Na pauta do encontro, a evacuação de 2.500 famílias que estão em situação de risco nas áreas do Pinheiro, Bebedouro e Mutange. E como serão aplicados em aluguel social a quantia de R$ 15 milhões, que é parte dos 100 milhões que já foram bloqueados das contas da Braskem, apontada como a principal responsável pelas rachaduras nas casas destas famílias.
NOTA OFICIAL
O encontro parece não ter agradado o Ministério Publico de Alagoas e a Defensoria pública. Pois os dois órgãos emitiram nota oficial enfatizando que o dinheiro que será aplicado no aluguel social é fruto de um bloqueio na conta da Braskem, graças a uma ação judicial dos dois órgãos. E que a população precisa saber disso. Para que ninguém tente tirar proveito político.
MAL ESTAR
Especula-se que o chefe do Ministerio Publico, Alfredo Gaspar será candidato a prefeito da capital. Especula-se também que Marcelo Palmeira tem a mesma pretensão. E ainda no campo da especulação, a tal nota oficial teria cunho político e estaria carregada de ciúmes em sua mensagem subliminar. Fato é que o episódio no mínimo, gerou mal estar. Até porque – longe do campo da especulação – a grande massa do povão dos bairros atingidos sequer entende o que é interinidade, Ministério Publico ou defensoria publica. As vítimas entendem sim, que vivem o drama de suas casas rachadas, o risco do chão afundar, de ver seus filhos soterrados por barreiras e a ajuda necessária ainda não chegou.