A Polícia Civil de Mato Grosso descobriu ser uma farsa um suposto crime de tortura ocorrido na semana passada, na cidade de Confresa. Investigadores apuraram que o denunciante do crime se automutilou numa tentativa de comover uma ex-companheira a reatar um relacionamento.
Ele primeiro narrou que teria sido capturado por quatro homens e levado para uma região de mata. Depois, disse que teria se envolvido com uma mulher casada e que o marido dela teria ido atrás dele, torturado e cortado orelhas dele sozinho. Depois deu outras versões mentirosas. Testemunhas próximas a ele disseram que o homem costumava mentir muito. Não tinha credibilidade nenhuma. Chegamos à conclusão que ele estava mentindo porque estava com vergonha de assumir o que fez — afirma o delegado.

Ao registrar a ocorrência, a suposta vítima afirmou à polícia que, no dia 29 de maio, por volta de 19h30, teria sido capturada por quatro pessoas encapuzadas, que a teriam colocado num carro e levado para uma região de mata. No local, os agressores teriam cortado as orelhas do homem durante uma sessão de tortura e, em seguida, o teriam liberado no centro de Confresa.
A investigação foi instaurada. Em meio às diligências, os agentes descobriram que o denunciante estava passando por problemas conjugais e havia cortado as próprias orelhas. Isso, segundo a polícia, para causar “sentimento de pena e tentar reatar o relacionamento” com a ex.