O escritor, dramaturgo, produtor cultural, capitão da reserva, Carlito Lima, lançará mais um livro: Mundaú, cujo lançamento se dará de forma virtual e como todos os títulos apresentados por ele, este também é imperdível
Um assassinato misterioso ocorrido na Lagoa Mundaú, em Alagoas. Esse é o cenário que abre o novo romance de Carlito Lima: Mundaú, editado pela Aletria e com lançamento online marcado para o dia 4 de fevereiro, no canal do Youtube da Aletria. A obra é a segunda de uma trilogia – que inclui os livros Manguaba e Jatiúca – e conta a história de uma grande família, suas lutas, aventuras e alegrias em um período histórico para o Brasil entre as décadas de 60 e 70.
Com 80 anos de idade e carreiras militar e política, o autor viu de perto muitos dos fatos que reconta em sua obra. “É uma mistura de acontecimentos que vivi e ouvi como capitão do Exército na época da ditadura militar, mas também muita ficção”, afirma.
Mundaú fala sobre crime, aventura e luta, mas também sobre amor, saudade e as delicadas relações familiares. Para Carlito Lima, mais que um romance, a obra é a historiografia de uma época. “Mundaú é um depoimento do modo de vida das décadas de 60 e 70, quando o machismo e a violência contra a mulher eram naturalizados, mas também quando havia muita música popular brasileira, romantismo e ideais. Em 50 anos as coisas mudaram e o leitor vai tirar suas conclusões”, afirma.
Esse será o quarto livro do escritor, que ganhou notoriedade há 19 anos quando publicou sua primeira obra: “Confissões de um Capitão”. O livro foi traduzido para espanhol e lançado em Buenos Aires, Lima, Cartagena e Bogotá. Por causa dessa obra, o autor também foi convidado a participar do programa de entrevistas do Jô Soares. Recentemente, Carlito Lima voltou a ganhar atenção ao participar do roteiro de um filme de Cacá Diegues: “Deus ainda é brasileiro”.
Mesmo sendo um veterano na escrita, Carlito Lima está especialmente animado com o novo romance, Mundaú. “Esse livro, que é editado pela Aletria, me deixa com uma satisfação especial, uma alegria de menino ao receber uma bicicleta de presente”, diz.
Com sede em Belo Horizonte, a editora Aletria é especializada em literatura infanto-juvenil, mas também tem algumas obras voltadas para o público jovem e adulto. A editora da Aletria, Rosana de Mont’Alverne, afirma que foi uma grande satisfação dar materialidade às palavras do escritor. “Carlito Lima é um hábil contador de histórias. Editar seu livro foi uma oportunidade de rever as décadas de 60 e 70 de um país conflagrado, como por incrível que pareça, é o Brasil desse atual tempo”, afirma.
Sobre o autor
Nascido em 1940 em Maceió, Alagoas, Carlito Lima serviu como militar do Exército em Maceió, na Bahia, em Pernambuco e em Roraima. Também fez carreira política, tendo sido prefeito do município de Barra de São Miguel e Secretário de Cultura da histórica cidade de Marechal Deodoro.
É um grande contador de histórias do cotidiano e escreveu quatro livros: Confissões de um Capitão; Sete Pecados Capitais; Manguaba e Mundaú. Amante da cultura e da arte, Carlito Lima chega aos 80 anos inventando e se reinventando: hoje ele se dedica às Festas Literárias nos bairros da periferia de Maceió e ao Bloco Carnavalesco “Nêga Fulô”.
Sobre a Editora Aletria
Com sede em Belo Horizonte, a Editora Aletria tem foco no público infantil e juvenil e já publicou mais de 60 obras com essa proposta nos últimos 10 anos. Entre elas há alguns destaques nacionais e internacionais como “Bichos”, de Ronaldo Simões Coelho e Angela Lago. Em 2009 a obra foi incluída na seleção White Ravens, que é distribuída na Feira de Bolonha, na Itália, e foi classificada como um dos cinco melhores livros infanto-juvenis do Brasil.
Outra obra da Aletria que já esteve presente no catálogo da feira é “Salopão: um jumento do sertão”, de Fernando Limoeiro e Tales Bedeschi. O livro “Tatu-Balão”, de Sônia Barros e Simone Matias, também é um destaque: em 2015 ele foi selecionado para integrar a Coleção Itaú Criança e se tornou estrela comercial da campanha.
Além dos livros para o público infantil e juvenil, a Aletria também produz publicações para formação de professores, pedagogos, contadores de história, bibliotecários e mediadores de leitura. Os temas envolvem questões como educação, leitura e letramento. A editora também oferece uma extensa programação de formação nessas áreas com cursos e oficinas.