Dono de depósito que explodiu é preso e diz à polícia que não tinha autorização para armazenar fogos

Rebecca Loureiro

7 de março de 2023

O proprietário do depósito de fogos de artifício que explodiu na segunda-feira (6) em Maceió confessou à polícia que não tinha autorização para armazenar o material. O homem, que não teve a identidade divulgada, foi preso em flagrante após prestar depoimento na Central de Flagrantes.

O proprietário do depósito foi ouvido pela delegada plantonista Elizabeth Sampaio, que o autuou no art. 251 do Código Penal: “Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos. A pena para esse crime é de de três a seis anos de reclusão e multa.

Um outro homem que seria o caseiro do local também foi conduzido para a Central de Flagrante, mas na condição de testemunha. Contrariando o depoimento do proprietário, ele disse à polícia que no local funcionava uma fábrica de fogos de artifício e que lá trabalhavam cinco pessoas, mas que normalmente apenas dois funcionários apareciam para trabalhar com mais frequência.

Nesta terça (7), a Justiça vai decidir, em audiência de custódia, se o proprietário do depósito poderá responder ao processo em liberdade ou se vai permanecer preso preventivamente.

De acordo com o delegado Robervaldo Davino, que deve comandar as investigações, o local da explosão, que fica próximo à Rota do Mar, entre o Benedito Bentes e Guaxuma, os fogos estavam armazenados para venda em containers, mas não se sabe o que provocou a detonação.

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