A defesa do ex-coronel da Polícia Militar Manoel Francisco Cavalcante, condenado a 21 anos pelo assassinato do cabo José Gonçalves da Silva, conseguiu habeas corpus e deve ser solto nesta quarta-feira (11). O ex-militar foi julgado e condenado entre os dias 21 e 23 de agosto passado.
O pedido do advogado de defesa do ex-Coronel, Rossemy Doso, enviado à Câmara Criminal, foi concedido pelos desembargadores João Azevedo Lessa, José Carlos Motta Marques e Celyrio Adamastor. O habeas corpus será encaminhado à 16ª Vara Criminal para a liberação do preso, que ficará em liberdade provisória.
Histórico criminoso
O ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante foi acusado de participação em vários crimes de pistolagem, além dos crimes de porte ilegal de armas, formação de quadrilha, roubos de cargas e outros delitos. Ele foi preso em 1998 pelo assassinato do caseiro Cristóvão Luiz dos Santos, sendo libertado seis anos depois.
Uma série de crimes que aconteceram nas décadas de 1980 e 1990 em Alagoas foi creditada à Gangue Fardada, organização criminosa formada por policiais e ex-militares e Cavalcante era apontado como o líder do grupo.
O assassinato do cabo Gonçalves aconteceu no ano de 1996, em Maceió. “Meu irmão foi morto com mais de 70 tiros, eu não enterrei um homem, enterrei a metade de um”, afirmou Ana Maria Valença, irmã do cabo Gonçalves, em depoimento aos jurados durante o julgamento.