Com uma das maiores taxas de desemprego, alagoanos enfrentam alta de 24% na cesta básica

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29 de abril de 2022

De acordo com dados do o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  em Alagoas, 18,8% da população economicamente ativa está sem trabalhar, o que representa uma das maiores taxas nacionais de desocupação.

Somando ao desemprego, os alagoanos estão tendo que enfrentar a alta da inflação e alta do valor da cesta básica que chegou no mês de setembro a 24% de aumento. E o resulado dessa alta de preços e desemprego tem sido o endividamento das pessoas. 

De acordo com uma Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) realizada pelo Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), demonstra que somente nos últimos seis meses, mais de 37 mil pessoas contraíram algum tipo de dívida, chegando a 71,2%; o maior percentual de endividamento dos últimos 16 meses e, consequentemente, de 2021.

“Estes números representam uma perda real no poder de compra da população e uma alta de 24% na cesta básica das famílias, afetando, principalmente, a população de renda mais baixa”, analisa Victor Hortencio, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL). 

Percentuais

Na comparação mensal (ago/set), o percentual de endividados subiu 3,48%, passando de 68,8% para 71,2%. Em números absolutos, isso representa um acréscimo de 8 mil pessoas, saindo de 208 mil para 216 mil endividados. “É um cenário que acompanha o ritmo nacional. Uma pesquisa recente da CNC sinaliza que o total de endividados, em setembro, foi de 74%, repercutindo um aumento de 1,5% em relação a agosto”, avalia Victor.

Seguindo a tendência de maior endividamento, o percentual de famílias com dívidas em atraso teve um incremento de 12 mil inadimplentes nos últimos seis meses, saltando de 46 mil pessoas, em abril, para 58 mil em setembro. Esse crescimento equivale a uma variação de 26% ou 4,1 pontos percentuais (p.p.). Na comparação mensal, 831 maceioenses passaram à situação de inadimplentes, uma alta de 1,43%.

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