Após ser eleito presidente da Câmara dos Deputados no final da noite desta segunda-feira (01), com 302 votos, o deputado federal, Arthur Lira, do Progressistas, fez um discurso da mesa diretora, só que de maneira diferente. O parlamentar permaneceu de pé, ao lado de seu pai, o ex-senador e atual prefeito da cidade da Barra de Santo Antônio, Benedito de Lira (Progressistas), onde defendeu uma harmonia entre os poderes e pontuou algumas necessidades que devem ser discutidas o mais breve possível.
“A política tem uma dívida com o povo brasileiro. Temos uma grande chance, juntos, todos, de todas as tendências, acima das diferenças, de estabelecermos o que chamo de pauta emergencial e mostrarmos que as instituições políticas, o Estado, o povo abandonado no momento de sua maior vulnerabilidade. Tenho certeza que esta Casa encontrará pontos mínimos comuns para, juntamente com os demais poderes, ajudar o povo brasileiro a enfrentar os traumas e as dores da pandemia”, disse o novo presidente.
Apesar de ter sido apoiado de maneira maciça nos bastidores de Brasília, pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o parlamentar afirmou que irá sempre optar pela neutralidade e salientou que não deve haver diferença entre direita e esquerda.
“Aqui ao lado, a cadeira da presidência está postada bem ao centro da mesa. É para nos lembrar que a presidência deve ter neutralidade. Deve ser equidistante. A cadeira é giratória, para que seu ocupante seja capaz de olhar para o centro, para a direita, para a esquerda. Tem de olhar e ouvir todos os lados. Há duas tribunas, uma à esquerda e outra à direita. Ambas as tribunas estão à mesma altura e devem ser vistas com o mesmo distanciamento e ouvidas com a mesma proximidade”, comentou
Ainda em seu discurso, o alagoano destacou que é preciso de maneira urgente, “amparar os brasileiros que estão em estado de desespero econômico por causa da Covid 19 e temos de examinar como fortalecer nossa rede de proteção social. Temos de vacinar, vacinar, vacinar o nosso povo. Temos de buscar o equilíbrio de nossas contas públicas”, complementou Arthur.