Acusado de atear fogo e assassinar esposa em Arapiraca é condenado a 26 anos de prisão

Rebecca Loureiro

23 de novembro de 2022

A Justiça condenou José Cabral do Nascimento a 26 anos e 15 dias de prisão por matar a esposa, Claudinete da Silva, e tentar assassinar a filha dela, Kerrolly da Silva, no dia 3 de agosto de 2011, em Arapiraca, Agreste de Alagoas. O julgamento foi realizado na última terça-feira (22).

De acordo com o processo, a motivação do crime foi o fato de José Cabral, que era cabo da Polícia Militar na época, não aceitar o fim do relacionamento com a professora Claudenice. O réu jogou liquído inflamável na mulher e na enteada e depois ateou fogo nas duas.

Em depoimento, a filha da vítima relatou que ele fazia várias ameaças, dizendo que colocaria fogo na casa. Ela ainda contou que, no dia do crime, ouviu a mãe gritar por socorro, pedindo que José Cabral não fizesse aquilo, ficando desacordada após ser estrangulada por ele momentos após.

Os jurados reconheceram a autoria dos crimes e acolheram as qualificadoras elencadas no processo (motivo fútil, com emprego de fogo e mediante dissimulação que dificultou a defesa das vítimas). O Conselho de Sentença não acolheu a tese da defesa, de que o réu era incapaz de entender o ato ilícito praticado.

A pena deverá ser cumprida em regime inicialmente fechado e o réu não poderá apelar em liberdade.

O julgamento foi conduzido pelo juiz Alfredo dos Santos Mesquita e faz parte da programação do Mês Nacional do Júri.

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